Quando te conheci havia música no ar
e as luzes difusas convidavam ao prazer.
Os dourados do Outono brilhavam nos teus olhos
por detrás dos ramos dos cílios,
e uma luz de criança espraiava-se, difusa,
no teu gargalhar de crítica às meias do homem perto de nós.
A tua falsa ingenuidade de corsa eram um chamariz
para os lobos que desejavam mais um troféu nas suas colecções.
E, de repente, foste a minha irmã que nunca viu a luz do dia,
a outra parte de mim, que me faltou durante a vida,
a confidente, outro eu que tenho debaixo da pele,
o desaguar do rio no mar, a praia
onde as minhas ondas se espraiam na areia,
ou cavam grutas nos momentos de raiva.
Foste a minha amiga onde me vejo por detrás do espelho,
onde me analiso nas tuas palavras.
O porto de abrigo onde choro e rio
nua de pruridos e preconceitos.
A minha irmã que eu protejo com uma asa de ternura!
Há 1 mês
Lindo! Já to tinha dito? Gostava que fosse para mim :) Bj
ResponderEliminarQue lindo texto minha querida,
ResponderEliminarComo adicionei agora mesmo o teu link nos favoritos, virei mais tarde para ler tudinho.
Beijinhos da " malya"
Obrigada Malya. beijinhos
ResponderEliminarCristal
ResponderEliminarTu és Eu própria, a minha colone, para quem eu não tenho de dizer nada porque me adivinha já vai há muitos anos, não digo quantos para não nos fazer vehotas. Um dia destes escrevo-te um poema pela nossa amizade e pelos anos em que estivemos sempre presentes :-)
Muito obrigada :). Tu também és muito especial para mim... Publicadas estas "mesureirices" já não há mais nada a dizer :))) Beijinhos
ResponderEliminar