quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

OS BUROCRATAS

Os governantes que temos
e os senhores dos dinheiros
desta nova geração.
com um ar de seriedade
e sempre no mesmo tom,
afirmam ser verdadeiros,
mas a verdade de ontem
hoje, por necessidade,
não vem vestida de igual.
Ou mudou o paradígma,
ou inventam um buraco
nas contas já mais que vistas
para justificar estratégias
que têm que ser revistas.
São verdadeiros artistas!
Com um denso vocabulário
mostram a sua sapiência:
é dos bancos a resiliência,
da economia a alavancagem,
da medida e do discurso
dizem que são assertivos,
E todos falam assim
como se fossem um eco.
É preciso um decionário
e uma imensa coragem
para ver um noticiário.
Para mim é um inigma
que académicos bem vistos
com catedras no estrangeiro
venham cá perder dinheiro
só para serem ministros.
Esta nova geração
dos chamados “jovens turcos”,
modelada nos países
de tendências liberais,
é uma geração sem raízes.
São predadores, canibais.
O dinheiro é o seu Deus,
a economia a doutrina,
as pessoas e as vontades,
não valem nada no lucro,
são activos ou excedentes,
na soma e subtração.
Os governantes que temos,
desta nova geração
com seu ar de seriedade
e sempre no mesmo tom,
são gélidos burocratas
sem experiência, nem dom
para nos salvar o País
sem enterrar a Sociedade.

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