quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

CHORO

Choro lágrimas de raiva
ao olhar o meu País.
Tenho dúvidas que saiba
viver sem dobrar a cerviz.


Em ciclos como as sezões,
com o poder que o povo tem
sufraga nas eleições
os senhores que, com desdém,


filhos pródigos a contracto,
vindos de outras paragens,
cumprem o desiderato
de obrigar à vassalagem


o País, que enganado,
por promessas de felicidade
acreditou, entusiasmado,
e recebeu ...austeridade.


Agora com a carestia
e a enriquecer usurários
as nossas mais-valias
vão pagar os honorários.


Medidas endureceram
o nosso viver diário,
os ânimos esmoreceram
com o corte dos salários.


E se, humildes, pedimos
no cinto um furo a menos
é muito o que exigimos
dizem os filhos do Demo.


E o medo já se sente
no Povo, quem o diria.
Calam-se as vozes da gente
que vivia em Democracia.

Sem comentários:

Enviar um comentário