segunda-feira, 6 de maio de 2013


CANSAÇO

Um cansaço de vontade

elanguesce-me o corpo,

aperta-me a fronte.

Não encontro o caminho

para além de mim.

O mar lambe a areia

saciado da raiva da tormenta

e a brisa gelada

esvoaça nas penas das gaivotas

que descansam na areia,

em lamúrias de gritos e voos rasos.

O sol atravessa a vidraça

mas está frio.

O frio lá de fora no meu peito.

Eu, sou apenas eu

enrolada em mim.

A vida a espraiar-se a meu lado,

 o cansaço a prender-me as mãos.

Já não há caminho para o infinito!

 

Helena Guimarães

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