OUTUBRO QUENTE
A brisa brinca com as folhas
num murmúrio de dança de noivado.
O Verão está esgotado.
Mas as buganvílias explodem
de fogo e esperança
num manto, espreguiçando-se
pela parede e pelo telhado.
Ao longe o som cavado
do mar revolto e violento.
Um arvéola saltita
à procura de sustento,
prateada, solitária e leve,
intranquila e breve
na quietude do momento.
O parar do pensamento!
O colher da quietude,
comunhão de terra e céu
num segundo que é meu.
Neste Outubro colho a paz,
sem pensar no que o Inverno traz.
Outubro soalheiro e quente
que, como diziam os antigos,
para nós, traz o Diabo no ventre!
Há 1 mês
Olá Helena, que bom ler-te! Continuas a poetar e bem, quer dizer que pelo menos estás bem de saúde! Beijo amigo para ti e um sorriso(nós estamos bem, sim!)
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