quarta-feira, 15 de julho de 2015


DIGNIDADE

 

Um homem vale pelo que faz e não pelo que diz Há sempre um momento em que as suas acções contradizem as palavras e aí está a verdade. Quando está eufórico não mede o passo e atravessa a linha vermelha.

Aconteceu com Schäuble este fim de semana com o documento do Exit temporário da Grécia e o reverter de todas as riquezas gregas como aval do resgate, para o Fundo de que é Presidente, e aconteceu com Passos na sua entrevista, um striptease do caracter e das ideias que o têm norteado.

Não vou entrar na fábula de Passos quando fala para dentro do partido porque não me esqueço que, numa situação em que já havia um acordo de Bruxelas em considerar Portugal junto com a Espanha capazes de um financiamento sem troika, Passos soçobrou a um ultimato

de  Marco António “ ou iço ( referia-se a chumbar o  PEC IV já negociado) ou eleições internas” onde perdia o lugar. Um homem que por um lugar partidário entrega um País não me parece digno.

 Vou mesmo pela sua actuação na Europa. Vem, com arreganhos de participativo num acordo de humilhação de um País, dizer que fez parte activa? Mais valia estar calado. Do pelotão de fuzilamento ninguém quer fazer parte. Por dizer que a bala devia estar aqui ou acolá? Paga-se durante décadas e gerações tal atitude.

Na entrevista de Passos uma pequena coisa me deu a noção da sua insignificância e da sua indiferença para o País e para os suas gentes.  Passos, como PM, considerou que quem tinha sido desempregado, tinha sido “porque não tinham sido capazes de manter o seu emprego, porque tinham problemas com as empresas”. Uma enormidade. Podia perdoar-lhe tudo, até a azia de o ver ao jantar todos os dias, mas não isso.

Um PM não fala assim para a quantidade de gente que sofreu as suas políticas  de “encolhimento” da empregabilidade, o saneamento das empresas públicas, a substituição de empresas médias pelas micro-empresas que funcionam com um ou dois empregados, que foram a capacidade máxima dos desempregados substirem sem fome, foi a sociedade a reagir a uma política sem norte. Devia saber. Não desculpo. Nem desculpa a sociedade do País que o elegeu encantado em mentiras.

Isto é uma afronta social aos desempregados, á sociedade que reagiu na sua defesa pessoal e, que tem de saber que não são todos que têm capacidade para isso.É uma afronta pessoal às gentes do País.

É o dizer a todo o País que está ali para defender quem tem dinheiro, quem tem mais valias ( que têm ganho balúrdios em ganhos lícitos e ilícitos), que está aí para uma construção submissa à Alemanha, mas não está aí pelos mais fracos, pelos cidadão do seu País. Por Portugal.  Não está. Ponto. Está preso no cartão e na Fé de umas mentiras que já não define.

Tudo o que diga a partir daqui é uma falácia, uma fábula para entreter meninos.

 

Helena guimarães

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