Ficaram espaços vazios
e ausência a esfriar a casa.
Caminhares de memória no soalho
e sombras de distância nos olhos
dos quadros suspensos nas paredes.
Os ramos cortados sangram
e os fantasmas dançam de dia.
Riem da minha ingenuidade.
É tempo de silêncio de viagem.
Descobrir os caminhos ao contrário
e encontrar os pontos cardeais.
Mergulhar para além do espelho,
percorrer as palavras do avesso,
acender rostos e corpos cinzentos
no choro convulso da terra.
Tempo de pintar os vazios
e vomitar os fantasmas.
Há 1 mês
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