CANSAÇO
Um cansaço de vontade
elanguesce-me o corpo,
aperta-me a fronte.
Não encontro o caminho
para além de mim.
O mar lambe a areia
saciado da raiva da tormenta
e a brisa gelada
esvoaça nas penas das gaivotas
que descansam na areia,
em lamúrias de gritos e voos rasos.
O sol atravessa a vidraça
mas está frio.
O frio lá de fora no meu peito.
Eu, sou apenas eu
enrolada em mim.
A vida a espraiar-se a meu lado,
o cansaço a
prender-me as mãos.
Já não há caminho para o infinito!
Helena Guimarães
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