Tanta coisa para dizer neste princípio de tarde. As
ferramentas da Coligação para esta pré-campanha que se arrasta, estão
exauridas. A ida de Passos Coelho a Chão da Lagoa, agora que Jardim já não está,
mas o actual está tão preso pelos tomates como o Jardim, foi um dito por não
dito devido às libações. Com Passos a dizer uma coisa e a Marilu, já com os
olhos virados para a Europa pela mão de Wolfgang Schäuble, contraria o seu
pupilo em todas as vazas. Com este stress de fim de semana, que durante a
semana vai de nomear os amigos e apaniguados para os lugares, Passos está envelhecido, a perder o cabelo, a
aura, a força a que o obrigam. E ele nem faz jogging! Pode fazer é umas passas
de vez em quando.
Sem qualquer poder na Europa e sempre contradito pelos
Presidentes das Instituições, as suas opções de campanha vão caindo como folhas
de Outono. E ainda o FMI, que ele foi tão certinho, vem dizer que o desemprego
está ao nível de 2003 e serão precisos 20 anos para recuperar, claro, sem
empresas, que a exportação varia ao sabor dos derivados do petróleo.
Um homem não é imenso e, se o Partido o stressa pela mão de
Marco António que o obrigou a esta situação e parece desaparecido após se ter descoberto
a riqueza ganha sabe Deus de onde, com a Europa a desdize-lo, com o chumbo do
Constitucional sobre as riquezas ilícitas, que eram o último baluarte de
condenação do seu inimigo Sócrates de quem, pelos vistos nada consta a não ser “
ter cabritos sem cabras” no dizer de um augusto Juiz, mas que o Cavaco mandou
para o TC porque lhe entrava no seu quintal, nada resta ao Sr PM que a sua voz
de barítono a martelar numa tecla que ninguém já acredita. Há quem diga que já
só luta pelos militantes de cartão PSD. Até esses eu tenho dúvidas, muito
embora sejam pessoas de Fé, de crença, incapazes de votar noutro lado, porque
votar à esquerda podem levar-lhes os proventos e as crianças para os pobres. Que
se lixe o País!
A juntar a isso as listas com o seu parceiro submerso em
lugares de menos valias ( ministros do governo em segundos e terceiros lugares),
que se vão libertando da política em informações particulares, mesmo mascarando
tudo a Coligação só colhe nos média que, aprisionados, fazem um hara-quíri de
si próprios. Para ver depois das legislativas a troca de lugares.
O PS deixa-se estar calado. Também não tem capacidade
mediática para dizer nada. Com Passos a toda a hora e uns spots de Costa, para
além do minar dos seguristas dentro do Partido.
Um Verão morno até à campanha propriamente dita. Lá chegremos.
Eu também gosto de resoluções rápidas, mas em política o tempo é importante. E
os faits divers também.
Helena Guimarães